sexta-feira, maio 11, 2012


MONSENHOR PAULO MOINHOS DE VILHENA


EM UMA CELEBRAÇÃO NA PONTE ALTA.
FOTOGRAFIA EDITADA DOS ARQUIVOS DONA NAIR BELATO.

quinta-feira, maio 10, 2012



FOTOGRAFIAS ANTIGAS PRAÇA


PRAÇA MONSENHOR PAULO

DA ESQUERDA PARA DIREITA :LOJA DONA TILICA;CASA PAROQUIAL E CASA DONA ANGELINA PAGANO.

FAZENDA STA ELIZA

FAZENDA STA ELIZA GRANDE CONTRIBUIÇÃO PARA O MUNICIPIO DE MONSENHOR PAULO.HOJE INUMERAS FAMÍLIAS SÃO ORIUNDAS DAS ANTIGAS COLÔNIAS .OS VAQUEIROS,RETIREIROS ,CARREIROS E OUTROS.MEU AVÔ FOI UM DOS CARREIROS ANTIGOS.

quarta-feira, maio 09, 2012



CASTELINHO NOVAS FOTOS





CLUBE ARPA
FOTOGRAFIA EM FASE DE CONSTRUÇÃO.


Magno escreveu: "ATRÁS DO CLUBE

Magno A. Baldim – 03/02/2009


ARPA – Associação Recreativa Paulense – para quem ainda se lembra dele nos velhos tempos.
Vi sua construção, uma coisa imensa aos meus olhos de criança. Ficava fascinado!
Foi ali naquele clube, localizado em frente à casa de meus pais, que “ouvi” muitos bailes (durma-se com um barulho daqueles!).
Ficávamos no alpendre de casa vendo o movimento de pessoas e de carros. Passavam por ali algumas mulheres bem produzidas e muitos homens, nem tão bem acabados.
A melhor parte era esperar pelo final do baile para vermos as brigas que quase sempre aconteciam. Algumas inesquecíveis.
Minha casa era como se fosse a última parada das moças, amigas de minhas irmãs, para um retoque na maquiagem, uma ajeitadinha nos cabelos, uma passadinha de batom, um xixizinho...
“Tia Jane” era uma dessas amigas. Lembro-me bem dela sempre alegre! Com tantas mulheres a casa ficava mais cheirosa pela variedade de perfumes. E lá iam minhas irmãs para o baile (se o pai deixasse)..
Na manhã seguinte costumávamos andar ao redor do clube procurando coisas, porque sempre alguém perdia uma moeda, uma correntinha, mas, na maioria das vezes, achávamos copos, garrafas, absorventes, camisinhas e outras coisas mais.
As melhores lembranças são as brincadeiras que aconteciam atrás do ARPA: futebol, bolinha de gude, arco e flecha, pipa, Tarzã, polícia e ladrão e outras.
Era um terreno grande de terra batida, barrancos e muitas árvores. Foi ali que fizemos o nosso campinho, que tinha somente um gol com traves de bambu. Lógico que não possuía rede.
O gol foi colocado estrategicamente num local que, se a bola passasse por ele, ia parar no barranco (economia de gandula!).
Ali juntavam primos, irmãos, colegas de escola. Tinha dia que ficava uma turma literalmente “no barranco” aguardando a vez para jogar.
Só tínhamos que tomar cuidado com o saudoso Sr. José Martins, que não sei bem ao certo, parece que zelava pelo clube e adjacências. Era ele aparecer e a molecada sumia num piscar de olhos. Levamos várias broncas dele porque ora quebrávamos vidros, ora quebrávamos telhas, na tentativa de recuperar a bola, devido ao “pé torto” de alguns atletas.
Um dia aquela trave de bambu serviu para outra coisa. Um primo fez uma falta desleal em mim que me deixou furioso. Foi a conta de me levantar, sacudir a poeira, arrancar uma delas e sair dando bordoada sem parar. Ah se eu acerto!
Acalmados os ânimos, a trave foi recolocada e o jogo reiniciado, sem mágoa nem rancor, como são as brigas de criança.
Brincávamos ali quase todos os dias e, quase sempre voltávamos para casa ralados, roxos e quase estropiados. Mas não desistíamos nunca. No outro dia estávamos todos lá de novo.
Hoje não há barranco, primos, traves e nem árvores. O terreno foi aplainado e cercado por muros e grades.
Atualmente, quando vou visitar Monsenhor Paulo, sempre dou um jeitinho de ir lá atrás do ARPA. É tão perto! Ele continua em frente à casa de meu pai (ou é a casa de meu pai que continua em frente ao clube?).
Aí, vem todas essas lembranças que fizeram parte de minha infância.
Às vezes levo meu filho lá também e mostro onde ficava o gol, o barranco, a árvore grande...
Parece que até ouço o Sr. José Martins dando bronca na gente!
- Você ouviu isso, Raí?
- Não pai, sossegue. São só suas lembranças!

FIM"



jardineira

Linha Monsenhor Paulo a Varginha
Sr Estevam Lenzi e Fabio.

sexta-feira, março 30, 2012

Fotografia onde temos ao fundo detalhes do antigo Ginásio Presidente Kennedy.Atualmente prefeitura municipal.
Praça Coronel Flávio.

quarta-feira, março 28, 2012


Família italianas de Monsenhor Paulo.
“Morre-se definitivamente, quando morre a última pessoa que se lembra de nós. Estaremos vivos enquanto existir alguém que lembra nosso nome”.
 
Está página é dedicada ás famílias italianas que povoaram a vila de Ponte Alta, hoje Monsenhor Paulo.
Os italianos começaram a chegar por volta de 1884: Totti em 1884; Lenzi em 1889; Pellegrinetti, Pagano e Salotti em 1894; Baldim, Bellato, Ciscon e Zanin em 1896; Pierrotti em 1898; Caovilla em 1901 e outras.

As condições na Itália
"
As principais razões que levaram um grande número de italianos a emigrar foram o crescimento populacional e o processo de unificação da Itália, associadas à pequena área territorial e a uma topografia muito acidentada que impedia a expansão da agricultura.

Por volta de 1860, o país era constituído por um grupo de províncias habitadas por vários grupos étnicos. Entre 1860 e 1870, após várias guerras, as províncias foram unificadas, formando o reino da Itália, tendo Roma como capital.

Os primeiros tempos do reino foram de adaptação às novas condições e fatores sócio-econômicos geraram uma grave crise, que atingiu todo o território. A população italiana, essencialmente rural, vivia em péssimas condições. A concentração das terras cultiváveis nas mãos de poucos proprietários, a introdução de modernas máquinas no campo e de novos métodos de produção nas cidades reduziram o número de empregos.

Após a unificação, em 1870, pagavam-se impostos sobre quase tudo, até sobre os produtos que os agricultores cultivavam para seu próprio consumo e sobre os animais domésticos. A terra, pesadamente tributada, endividou os pequenos produtores, que perderam suas propriedades. A ganância do governo era tão grande que, em certas regiões, chegava-se a pagar até 31 por cento sobre tudo o que era produzido.

Com impostos elevados, os grandes agricultores ofereciam os produtos a preços inferiores aos de mercado. Empobrecidos, endividados e sem alternativa, os pequenos proprietários abandonavam suas terras e seguiam para as cidades, passando a conviver com novos problemas: desemprego, marginalidade, fome.

A emigração passou a representar a única possibilidade de sobrevivência para essas pessoas e a válvula de escape para resolver seus problemas. O próprio governo italiano começou a incentivá-la: uma parte do povo precisava partir para que a outra parte pudesse sobreviver.
A maioria dos imigrantes procediam do Norte da Itália - Vêneto, Lombardia, Trieste. Alguns entraram no Brasil com nacionalidade austríaca, apesar de serem etnicamente italianos."
As condições no Brasil

A proibição do tráfico de escravos (1850), a Lei do Ventre Livre (1871), a Lei dos Sexagenários (1885) e o crescimento da campanha pela abolição da escravatura que aconteceu em 1888, foram os principais fatores que desencadearam o estabelecimento de uma política voltada para a criação de alternativas para o trabalho escravo.

Em 1840, o café começa a substituir o açúcar como principal produto de exportação e a necessidade de mão-de-obra para a lavoura do café aumenta, sobretudo no Estado de São Paulo, onde era constituída quase que somente por escravos. Várias medidas são adotadas pelo governo brasileiro para atrair europeus, entre elas o direito de trazer imigrantes que, antes sob controle do governo imperial, é concedido aos estados.
 De onde partiram os italianos

Grande parte dos italianos que imigraram para o Brasil eram do norte e do sul da Itália. Do norte veio o maior contingente no período de 1876 a 1920 (os vênetos eram um terço do total). De 1876 a 1886 a primazia pertenceu ao Vêneto, ao Piemonte e à Lombardia – essas três regiões do norte forneceram, sozinhas, 65 por cento do total de emigrantes nesse período.

Entre 1887 a 1890, os vênetos continuam em primeiro lugar, mas são acompanhados agora por italianos do sul: Campania, Basilicarta, Calabria e Sicília.

Em menor número vieram os habitantes da Itália central: Abruzzo, Molise, Lazio e Umbria.
A viagemExtraído de: OS ITALIANOS NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Autor: Luiz Serafim Derenzi
"Da antiga estação ferroviária de Gênova ao cais do porto, a distância média era de três quilômetros. Cada um ia carregando sua tralha, la leggiera, auxiliado por parentes ou amigos. O cais repleto, carregadores praguejantes, policiais, curiosos, marinheiros. O embarque é demorado. As passagens são coletivas, em bloco de famílias, de províncias. Conferência de passaportes. Cuidado com a bagagem de porão. Uma trapalhada enervante. Afinal o barco emite um ronco soturno. Bulcões de fumo encobrem o céu. É sinal de embarque. Os viajantes se precipitam para a ponte de acesso. Da amurada do navio os lenços sacodem nervosos as despedidas finais. Addio! Addio! Addio!Os corações se fecham numa saudade funda. Os marinheiros giram os cabrestantes. As âncoras emergem lentamente, o navio se afasta, a hélice revolve as águas em franjas de espuma branca.

É a partida para a longa viagem do novo destino. Perdida a silhueta dos que ficaram, voltam-se para a paisagem das encostas abruptas que circundam a cidade. As lágrimas umedecem novamente os olhos e o coração se acelera quando frontejam o farol, a linterna, a última imagem da pátria que se distancia. O vozerio se amortece.

Cada um procura sua couchette ao longo dos corredores dos porões. São compartimentos dormitórios coletivos com quatro, seis, oito, até dez leitos, apertados, sem conforto. As ondas se encrespam e o navio perde o equilíbrio. Sacode nos dois sentidos. Poucos conseguem ficar em pé. A maioria, principalmente crianças e mulheres, enjoam. A travessia do golfo de Leão é sempre penosa, mesmo hoje, para os grandes transatlânticos.

Estabelece-se grande balbúrdia. São poucos os sanitários. Os espaços livres e os corredores mal iluminados tresandam a azedo. O tombadilho é agradável e distraído, para quem não precisa apoiar a cabeça.

Da amurada se alivia fácil o estômago. Ar fresco, choques de ondas, barcas distantes, tripulação trançando em serviço, conversas, cantorias, afastam os pensamentos amargos da despedida.

Nos primeiros dias as refeições são toleráveis. Recipientes enormes, de cobre ou estanho, trazidos em vagonetas, em que a gordura sobrenada às iguarias. Cada comensal recebia um prato fundo de folha de flandres, colher e garfo, entrava em fila e era servido pelos despenseiros cujos aventais não incitavam o apetite. Repetir, só no final, depois de todos servidos, se houvesse sobra. Ao invés de pão, uma bolacha quadrada, galeta, dura como pedra. Nem mesa nem cadeiras. Bancos corridos. Um caneco de vinho e um naco de queijo rematava o ágape. À medida que os dias se passavam a ração piorava.

No arquipélago de Cabo Verde, na ilha de São Vicente, única parada para reabastecimento de carvão, água e víveres, os viajantes viram negros pela primeira vez. Trabalhavam em misteres portuários. Admiraram os negrinhos de dez a doze anos, nus, a mergulharem, trazendo, entre os dentes, a moeda que se atirava no mar.

Um descanso de seis horas. A maioria saltava para sentir a terra firme.

Depois a última etapa, mais longa e mais penosa. A passagem do Equador, um pouco de festa, música improvisada e vinho. Os passageiros, já descontraídos e habituados ao balanço do barco, se divertem.

As sanfonas, as cançonetas, o baralho e a ladainha, também. Rezava-se muito a bordo. Missa aos domingos, ao ar livre. As noites, quando limpas da ameaça de tormentas, prendiam todos pelo deslumbramento do céu com novas estrelas. A noitada se prolongava até às tantas porque os porões perdiam progressivamente a habitabilidade. As mulheres tricotavam e teciam meias, os homens, no baralho, jogavam escapa, três-sete. E assim as quatro semanas de navegação se escoaram. A chegada ao porto foi saudada com alegria e admiração."

Chegada ao Brasil
Ao desembarcar no porto do Rio de Janeiro os imigrantes eram recebidos por fiscais da   Agência  Fiscal de Imigração, órgão do Governo Federal, oferecendo-lhes os primeiros cuidados, separando-os e enviando os grupos às diversas destinações dentro do Estado de Minas Gerais. Os imigrantes destinados ao Sul de Minas e Zona da Mata eram embarcados em trens de ferro com destino a estação de Juiz de Fora em Minas Gerais, lá eram registrados na Hospedaria Horta Barbosa e aguardavam os contratantes dos fazendeiros para os encaminhar as fazendas. O trajeto era saindo de Juiz de Fora através da Estrada de Ferro D. Pedro II até a Estação de Cruzeiro(SP), ponto de onde partia a Estrada de Ferro Minas Rio para a estação de Três Corações e Fama, esta da Estrada de Ferro Muzambinho de onde cada família seguia para seu destino final.
 
 
 
 
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FOTOGRAFIA DE ÉPOCA .NO DETALHE NOTA-SE QUE AINDA NÃO EXISTIA A PRAÇA.OBSERVA MATO NOS PÉS DAS PESSOAS DA FOTOGRAFIA.