quarta-feira, fevereiro 08, 2012




A CACHAÇA NO MUNICÍPIO DE MONSENHOR PAULO


CACHAÇA CHODOSINHA PRODUZIDA NO CERVO POR EMÍLIA XAVIER E SEU FILHO FELIPE PAGANO NA DÉCADA DE 30/40 QUANDO MONSENHOR PAULO AINDA DISTRITO DE CAMPANHA CONFORME RÓTULO.

CACHAÇA SONECA PRODUZIDA NO CERVO ,FAZENDA DA PLACA .PRODUÇÃO EM GRANDE ESCALA ATÉ DECADA DE 80/90.



TREPADEIRA
TAMBEM PRODUZIDA NO CERVO .DETAHES DA ÉPOCA JÁ ROTULADA E ENGARAFADA.


 
MARIA JOSÉ
PRODUZIDA NO CERVO POR MÁRIO SÉRIO LEMES.



MUITAS OUTRAS COM CERTEZA TAMBEM FORAM PRODUZIDAS PÓREM NÃO TENHO RELATOS.A MAIORIA DE FORMA CLANDESTINA SEM REGISTRO E RÓTULOS .


DESCRIÇÃO DE CACHAÇA:
Cachaça, pinga, cana ou canha (no Rio Grande do Sul) é o nome dado à aguardente de cana, uma
bebida alcoólica tipicamente brasileira. Seu nome pode ter sido originado da velha língua ibéricacachaza – significando vinho de borra, um vinho inferior bebido em Portugal e Espanha, ou ainda, de "cachaço", o porco, e seu feminino "cachaça", a porca. Isso porque a carne dos porcos selvagens, encontrados nas matas do Nordeste – os chamados caititus – era muito dura e a cachaça era usada para amolecê-la.[1].
Na produção colonial de açúcar, cachaça era o nome dado à primeira espuma que subia à superfície do caldo de cana que estava sendo fervido. Ela era fornecida aos animais ou descartada. A segunda espuma era consumida pelos escravos, principalmente depois que fermentasse e também passou a ser chamada cachaça. Posteriormente, com a destilação da espuma e do melaço fermentados e a produção de aguardente de baixa qualidade, esta passou a ser também denominada de cachaça e era fornecida a escravos ou adquirida por pessoas de baixa renda..[2]
É usada como coquetel, na mundialmente conhecida "caipirinha".
É obtida com a destilação do caldo de cana de cana-de-açúcar fermentado. A fermentação do melaço, também utilizada, também dá origem ao rum.
A cana-de-açúcar, elemento básico para a obtenção, através da fermentação, de vários tipos de álcool, entre eles o etílico. É uma planta pertencente à família das gramíneas (Saccharum officinarum) originária da Ásia, onde teve registrado seu cultivo desde os tempos mais remotos da história.


A cachaça é uma bebida de grande importância cultural, social e econômica para o Brasil, e está relacionada diretamente ao início da colonização do País e à atividade açucareira, que, por ser baseada na mesma matéria prima da cachaça, forneceu influência necessária para a implantação dos estabelecimentos cachaceiros.[3]
Os primeiros relatos sobre a fermentação vem dos egípcios antigos. Curam várias moléstias, inalando vapor de líquidos aromatizados e fermentados, absorvido diretamente do bico de uma chaleira, num ambiente fechado. Os gregos registram o processo de obtenção da acqua ardens. A água que pega fogo - água ardente (al kuhu). Alquimistas tomam conhecimento da água ardente, atribuindo-lhe propriedades místico-medicinais. Transforma-se em água da vida, e a eau de vie é receitada como elixir da longevidade.
A aguardente então vai da Europa para o Oriente Médio, pela força da expansão do Império Romano. São os árabes que descobrem os equipamentos para a destilação, semelhantes aos que conhecemos hoje. Eles não usam a palavra al kuhu e sim al raga, originando o nome da mais popular aguardente da península arábica: arak, uma aguardente misturada com licores de anis e degustada com água. A tecnologia de produção espalha-se pelo velho e novo mundo. Na Itália, o destilado de uva fica conhecido como grappa. Em terras Germânicas, se destila a partir da cereja o Kirsch; na antiga Tchecoslováquia, atualmente dividida em República Tcheca e República Eslovaca, a destilação da Sleva (espécie de ameixa) gera a slevovice (lê-se eslevovitse). Na Escócia se populariza o whisky, destilado da cevada sacarificada. No Extremo Oriente, a aguardente serve para esquentar o frio das populações que não fabricam vinho. Na Rússia a vodca, de centeio. Na China e no Japão, o saquê, produzido a partir da fermentação do arroz é frequentemente confundido com uma aguardente devido ao seu elevado teor alcoólico, mas é na verdade um vinho. Portugal também absorve a tecnologia dos árabes e destila, a partir do bagaço de uva, a bagaceira.
Já em 1530 os primeiros donatários portugueses decidem começar empreendimentos nas terras orientais do Novo Mundo, implementando o engenho de açúcar com conhecimento e tecnologia adquiridos nas Índias Orientais, vindas do sul da Ásia. Assim surgem na nova colônia portuguesa os primeiros núcleos de povoamento e agricultura.


A geração inicial de colonizadores apreciava a bagaceira portuguesa e o vinho do porto. Assim como a alimentação, toda bebida era importada da metrópole. Em algum engenho é descoberto o vinho de cana-de-açúcar, que é o resultado do caldo de cana fermentado, como também dos subprodutos da produção do açúcar, como as espumas e o melaço misturados à água. É uma bebida limpa, em comparação com o cauim - vinho produzido pelos índios, no qual todos cospem num enorme caldeirão de barro para ajudar na fermentação do milho. Os senhores de engenho passam a servir o tal caldo, denominado cagaça, para os escravos. Em 1584 o Memorial de Gabriel Soares de Sousa faz referências a "oito casas de cozer méis" na Bahia.
Dos meados do século XVI até metade do século XVII as "casas de cozer méis" se multiplicam. Inicialmente "casa de cozer méis" era o nome dado aos engenhos produtores de açúcar e posteriormente foi também aplicado aos alambiques produtores de cachaça. O primeiro registro histórico da cachaça aparece apenas na década de 1620 na Bahia, coincidindo com o rum nas possessões inglesas nas Américas, da aguardiente de caña nas espanholas e da tafia nas francesas. Ou seja, a cachaça, o rum, a aguardiente de caña e a tafia foram todas criadas a partir dos mesmos subprodutos da produção de açúcar, o melaço e as espumas.[2] A cachaça torna-se moeda corrente para compra de escravos na África. Alguns engenhos passam a dividir a atenção entre o açúcar e a cachaça. A descoberta de ouro nas Minas Gerais, traz uma grande população, vinda de todos os cantos do país, que constrói cidades sobre as montanhas frias da Serra do Espinhaço. A cachaça ameniza a temperatura.
Incomodada com a queda do comércio da bagaceira e do vinho portugueses na colônia e alegando que a bebida brasileira prejudica a retirada do ouro das minas, a Corte proíbe a partir de 1635 várias vezes a produção, comercialização e até o consumo da cachaça. Sem resultados, a Metrópole portuguesa resolve taxar o destilado. Em 1756 a aguardente de cana-de-açúcar foi um dos gêneros que mais contribuíram com impostos voltados para a reconstrução de Lisboa, destruída no grande terremoto de 1755. Para a cachaça são criados vários impostos conhecidos como subsídios, como o literário, para manter as faculdades da Corte.
Com o passar dos tempos melhoram-se as técnicas de produção. A cachaça é apreciada por todos. É consumida em banquetes palacianos e misturada ao gengibre e outros ingredientes, nas festas religiosas portuguesas - o famoso quentão.

Devido ao seu baixo valor e associação às classes mais baixas (primeiro os escravos e depois os pobres e miseráveis), a cachaça sempre deteve uma áurea marginal. Contudo, nas últimas décadas, seu reconhecimento internacional tem contribuído para diluir o índice de rejeição dos próprios brasileiros, alçando um status de bebida chique e requintada, merecedora dos mais exigentes paladares.
O total de produtores de cachaça em 2011 alcançou no Brasil os 40.000, sendo que apenas cerca de 5.000 (12%) são devidamente registrados. Por ser uma bebida popular que vem há séculos acompanhando o povo brasileiro, é conhecida por inúmeros sinônimos como abençoada, abrideira, água que passarinho não bebe, amnésia, birita, codório, conhaque brasileiro, da boa, delas-frias, danada, divina, espevitada, espírito, fava de cheiro, fia do sinhô de engenho, gasolina de garrafa, geribita, imaculada, januária, lambida, levanta velho, lisa, malta, mandureba, maria branca, mé, néctar dos deuses, paratí, pitú, preciosa, queima goela, refrigério da philosophia, rum brasileiro, salinas, semente de arenga, suor de alambique, terebintina, tinguaça, uca, uma que matou o guarda, vinho de cana, vocação, ypióca, etc. Seus sinônimos passam de 2.000 e a cachaça é, sem dúvidas, a palavra com mais sinônimos na língua portuguesa e talvez em qualquer outra língua.[4]
Atualmente várias marcas de boa qualidade figuram no comércio nacional e internacional e estão presentes nos melhores restaurantes e adegas residenciais pelo Brasil e pelo mundo.



UM BRINDE!!!!
O IMPORTANTE E CURTIR COM MODERAÇÃO POIS PRODUTO NOCIVO A SAÚDE !!!!

3 comentários:

  1. Segundo pesquisas feitas por historiadores,desde 2003 vem sendo produzida uma nova marca, CACHAÇA RÊGO FUNDO.

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    1. MAIS PRECISAMENTE 1999.COLECIONADOR ,FUTURAMENTE TALVEZ UMA MARCA REGISTRADA NO MUNICIPIO.RS

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  2. Que delícia! Eu não sabia...
    Muito bom o texto, Flaviano!

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