quarta-feira, fevereiro 01, 2012
História
O município de Monsenhor Paulo teve, primitivamente, o nome de Vargem Grande e depois Ponte Alta. Com o nome de Vargem Grande, o local era sede da fazenda do Major Matias Antônio Moinhos de Vilhena, falecido a 7 de junho de 1886, que era filho de Matias Gonçalves Moinhos de Vilhena e de Iria Claudiana Umbelina da Silveira, irmã de Bárbara Heliodora, heroína da conspiração mineira.
O major Matias e sua mulher Escolástica Joaquina de Oliveira se instalaram na fazenda Vargem Grande, aberta na segunda metade do século XIX, onde fizeram erigir uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição. Foram eles os grandes benfeitores do lugar. Também havia, nas mesmas paragens a fazenda do Galante, que foi dividida, em1873, entre José Francisco Alves da Silva, Domingos José dos Santos, Sabino Fernandes de Faria e José Vicente dos Reis, que também foram pioneiros do lugar e constituíram os troncos das tradicionais famílias da aristocracia rural local. Vargem Grande foi se firmando como pouso de tropeiros e um pequeno empório comercial de vendedores ambulantes e ex-escravos que ali fixaram residência. Por volta de 1884 começaram a chegar os primeiros italianos as famílias Pierroti, Lenzi, Pagani e Totti; em 1896 a Família Bellato, e a partir de 1898 as famílas: Baldin, Caovilla, Zanin, Ciscon e outras. O nome Ponte Alta referia-se a uma ponte sobre o Ribeirão São Domingos, que era muito alta, datando esta denominação do ano de 1875 e aparece no documento de doação de terreno à Capela, feita por Joaquim Vicente da Silva e José Vicente dos Reis Ferreira. No ano de 1900 edificada a primeira capela de taipa e cobertura de sapé. No ano seguinte, Ponte Alta ganha categoria de distrito de Campanha com o nome de Nossa Senhora da Conceição da Ponte Alta. Em 1916 foi feito um abaixo-assinado dirigido a Dom João de Almeida Ferrão, primeiro bispo da Campanha, solicitando a criação da paróquia. Em 1927 foi demolida a capela de taipa coberta de sapé, e teve início a construção da igreja de Nossa Senhora da Conceição, pelo então Cônego Hugo Bressane de Araújo. A igreja continuou como filial de Campanha.
Ponte Alta foi elevada a categoria de vila pelo decreto lei 311 de 2 de março de 1938. Em 27 de setembro de 1941, Dom Frei Inocêncio Engelke OFM, criou a paróquia, nomeando seu primeiro pároco o Padre José Divino da Silva. Em 1943 Nossa Senhora da Conceição da Ponte Alta muda a denominação para Monsenhor Paulo, por sugestão do padre José Divino da Silva, em homenagem ao insigne campanhense Monsenhor Paulo Emílio Moinhos de Vilhena, que ali residiu por vários anos e sempre propugnou para o crescimento da localidade. Em 1948, com os esforços de seus habitantes, tendo a frente padre Fernando Sales da Silveira e o Dr. Waldir Lisboa, foi criado pela Lei 336 de 27 de dezembro de 1948 o município de Monsenhor Paulo e desmembrado de Campanha. Foi nomeado Intendente o Dr. Geraldo de Souza Medeiros, advogado de Belo Horizonte e delegado especial o capitão Virgílio Fraga. Em primeiro de janeiro de 1949, o Sr. Luiz Antonio da Cunha, na qualidade de Juiz de Paz, seguindo as prescrições do D.A.M declarou instalado o município de Monsenhor Paulo tendo discrusado como orador oficial o Sr. José Belato Teixeira. Foi nomeado delegado civil o Sr. José Pinto Ribeiro.
No dia 6 de março de 1949 foi realizada a eleição para prefeito, vice-prefeito e vereadores sendo eleitos pelo PSD o prefeito Joaquim Santiago Pereira e o vice-prefeito Luiz Tavares que tomaram posse no dia 20 de março do mesmo ano. Para a primeira legislação foram eleitos, pelo PSD os vereadores Archimedes Colli - presidente; Altamiro Ferreira Mendes - vice-presidente; José Galdino da Silveira - secretário; Virgilio Caovilla; Pedro Totti; José Martins dos Santos e Felippe dos Santos Pagano, pela UDN Elói Xavier da Silva e Djalma Pereira.
O prefeito Joaquim Santiago Pereira governou o município por 2 anos tendo renunciado e transmitido o cargo para o vice-prefeito Sr. Luiz Tavares que completou o mandato.
[editar] Imigração ItalianaNo final do século XIX houve grande imigração de italianos para o local, os quais introduziram novas técnicas de cultivo agrícola na região e incentivaram o comércio. A primeira família italiana a chegar foi a de João Totti casado com Rosa Vichi, em fins de 1883 início de 1884.Depois, Lenzi em 1889; Pellegrinetti, Pagano e Salotti em 1894; Baldim, Bellato, Ciscon e Zanin em 1896; Pierrotti em 1898; Caovilla em 1901 e outras. Em 1920 foi instalado o serviço de iluminação nas ruas do povoado, com o excedente de energia gerada por uma usina do fazendeiro sr. Adamo Caovilla, italiano progressista e benemérito que muito contribuiu para o desenvolvimento de Ponte Alta. Em 1927 a Companhia Sulmineira de Eletricidade se instalou no distrito.
Famílias italianas, além das citadas, que residem ou residiram no município de Monsenhor Paulo: Calchetti, Gandini, Colla, Meneguello, Biagini, Savelli, Scottini, Petrucci, Romancini, Pereccin, Basseto, Ferroni, Tomba, Papini, Tocacceli e Colasse.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Parabéns!
ResponderExcluirFiquei sabendo várias coisas sobre MPaulo através dos seu blog.
Abraços Romilda Baldin
Gostaria de saber onde ficava essa fazenda galante. Sou descendente de João Batista Flauzino, filho de João Batista de Faria, de Monsenhor Paulo. Estes, pai e avô de meu avô Estêvão Horácio do Prado.
ResponderExcluir